Jean-Marie Aurand, da OIV, e Carlos Paviani, do Ibravin
Foto Cassiano Farina
Dirigentes do setor vitivinícola brasileiro se reuniram
com diretor geral da entidade, Jean-Marie Aurand, e propuseram que Bento
Gonçalves (RS) sedie o evento. O diretor geral da Organização Mundial da Vinha
e do Vinho (OIV), Jean-Marie Aurand, esteve reunido com representantes do setor
vitivinícola na tarde desta sexta-feira (11), para tratar sobre a candidatura
do Brasil como país sede do Congresso anual em 2016. O grupo aproveitou a vinda
do dirigente ao VII Concurso Internacional de Vinhos do Brasil e reforçou o
pedido para que o evento ocorra em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
Aurand adiantou algumas responsabilidades dos candidatos
a país sede. Entre os itens, a proposição de um tema central e do programa
científico, as presidências das conferências e a elaboração de um cronograma de
visitas técnicas. Outras tratativas relacionaram-se a questão à logística
(transporte, alimentação, hospedagem), tradução e de um calendário de eventos
sociais que ilustrem a cultura do país.
Pela primeira vez no país, Aurand destacou a qualidade
dos vinhos e espumantes apresentados no Concurso Internacional de Vinhos e as
paisagens da região. "O Brasil reúne todas as condições para sediar o
Congresso, tanto na parte logística quanto de visitas técnicas e da realização
das reuniões das comissões temáticas. O que vi aqui foi um setor com grande
potencial", resumiu.
O dirigente enfatizou que a decisão sobre o local do
evento cabe aos órgãos governamentais brasileiros, mais especificamente o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Aurand também
lembrou que a decisão final sobre o tema central e da agenda de discussões
científicas cabe à OIV.
O diretor executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani, citou
o esforço do setor, em conjunto com os órgãos governamentais como o próprio
Mapa e a Embrapa Uva e Vinho, que deverá ser a coordenadora científica do
Congresso. "Vemos como uma grande oportunidade de colocar o vinho
brasileiro na vitrine das discussões técnicas e científicas", disse.
Para o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, o
reconhecimento cada vez maior dos produtos vitivinícolas nacionais justifica o
pleito. "A realização do Congresso no Brasil tem um caráter estratégico,
numa perspectiva científica de discussão sobre assuntos importantes para a
vitivinicultura brasileira", acredita.
Do Ibravin, além do diretor executivo, Carlos R. Paviani,
estiveram presentes o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Dirceu Scottá,
e o diretor Técnico, Leocir Bottega. Da Embrapa Uva e Vinho participaram Zanus
e o pesquisador José Fernando da Silva Protas. O diretor executivo da
Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Darci Dani, o presidente da Comissão
Interestadual da Uva, Olir Schiavenin e a gerente geral do Laboratório de
Referência Enológica (Laren), Regina Vanderlinde completaram o comitê de
entidades do setor na reunião.
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