sábado, 22 de junho de 2013
Outra boa novidade da Salton. Crescerá na Campanha
Daniel Salton, presidente da Salton
Arquivo JN
A Vinícola Salton, que tem mais de 100 anos em Bento Gonçalves, recebeu a licença ambiental para instalação de uma nova vinícola, deste vez em Santana do Livramento, a nova província vinícola do Rio Grande do Sul, onde já existem outras 18 empresas produzindo vinhos de qualidade, alguns ganhadores de prêmios internacionais (mais adiante, pretendo publicar uma ampla reportagem sobre a situação da Campanhas, seus terroirs e suas vinícolas). O organismo que cuida do meio ambiente gaúcho, a Fepam, concedeu a licença, solicitada em novembro de 2012, no início de junho.
Com a licença na mão, Daniel Salton, presidente da vinícola, já começou os trâmites para a aplicação de R$ 45 milhões (até 2015) na área de 700 hectares que possui na regiçao do Passo do Guedes, em Livramento, nas proximidades de uma unidade da Nova Aliança, antiga Santa Colina. Além de aumentar os vinhedos dos atuais 110 hectares para mais de 450 há, Salton pretende construir uma cantina (hoje, as uvas são trazidas para vinificação em Bento Gonçalves) e passar a produzir os vinhos na própria localidade.
Santana do Livramento, onde também está a pioneira Almaden, instalada há 36 anos, possui outras três vinícolas de porte, Aliança, Coxilha de Santane e Carrau, além de vários produtores de uvas. A atividade vitivinícola está modificando a paisagem dos campos antes usados só para a pecuária. As primeiras uvas da Salton foram Chardonnay e Pinot Noir, para elaboração de vinhos-base para espumantes. O projeto é chegar a 450 hectares de vinhedos próprios com Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Tannat, Sauvignon Blanc, Gamay, Teroldego, Marselan e Pinot Grigio. A primeira colheita foi em 2013, com 178 mil quilos de uvas, vinificadas em Bento Gonçalves. Até 2014, será construída a cantina em Livramento, segundo Daniel Salton, presidente da companhia.
Daniel explica porque a Salton acredita na Campanha: “O terroir da Campanha possui solos bem drenados e derivados de arenito e granito – solos pobres em matéria orgânica e classificados entre novos e intermediários, de grande qualidade para o desenvolvimento dos vinhedos. É a região mais seca entre as regiões produtoras de uva, o que favorece a maturação da fruta e propicia a elaboração de vinhos tranquilos, com baixa acidez e menor necessidade de tratamentos. As uvas produzidas nesta zona caracterizam-se por uma graduação alcoólica maior, em função da grande amplitude térmica – dias quentes e noites frias, originadas pelo fator continentalidade. Na Campanha, a alta luminosidade e o clima seco favorecem o desenvolvimento da videira e o amadurecimento das uvas.”
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