domingo, 9 de junho de 2013

02 – Guatambu. Começamos a degustação no ônibus



                         Gabriela Hermann Pötter e o pai Valter José Pötter receberam os visitantes

                               Renato bFrascino entregou um livro a Valter José
                               Fotos DU/JN
O ônibus que nos levou até Dom Pedrito saiu de Porto Alegre pouco depois das 14h do dia 05/06 e, menos de meia hora após, já abríamos o primeiro espumante, um Guatambu Brut, elogiado por todos. Seguiu-se um Guatambu Nature e, depois, Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon. E, assim foi, até chegarmos ao Hotel Alexandre, lá pelas 20h30min, em cujo restaurante Cumbuca o enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, enólogo-chefe da Guatambu, nos esperava com mais espumante, agora um Guatambu Extra Brut, servido até o momento de chegarem as iscas de traíra, fritas, quentinhas, deliciosas, que antecederam o prato quente, nhoques com camarões acompanhando uma posta de salmão às ervas, para o qual abrimos um Guatambu Gewurztraminer, ao qual se seguiram Rastros do Pampa Merlot e Cabernet Sauvignon, até quase meia-noite. Só não ficamos até mais tarde porque seria preciso levantar cedo no dia seguinte. E a temperatura estava agradável para um bom vinho: em torno dos 4 graus.
O dia 6 começou cedo. Depois do café, guiados pelo enólogo Alejandro Cardozo fomos conhecer o prédio da Vinícola Guatambu, construído em dois anos e que custou R$ 6,2 milhões para o empreendedor rural Valter José Pötter, grande plantador de arroz, soja, milho, sorgo, aveia e trigo, criador de gado Hereford e Braford e de ovinos Texel que, em 2003, atendendo uma sugestão da filha Gabriela, que acabava de se formar em Agronomia, na Universidade de Santa Maria, entrou meio timidamente numa atividade nova, o plantio de viníferas. Digo timidamente porque ele cedeu apenas meio hectare de uma de suas fazendas, a Estância Leões, na Serrinha de Dom Pedrito, a região mais alta do município, para ela plantar, inicialmente, videiras de Cabernet Sauvignon.
Gabriela tinha razão sobre a propriedade da terra para viníferas, fez os primeiros vinhos com a Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, mostrou ao pai e aos amigos a qualidade dos vinhos e convenceu-o a aumentar o projeto. Novos varietais foram importados da França e da Itália, hoje os vinhedos já chegam a 22 hectares e a produção é de vinhos e espumantes, alguns com prêmios de qualidade no Brasil e no Exterior. Já existem 10 vinhos e, na noite do dia 6, foram lançados mais dois, o espumante Brut Rosé e o Tannat. O projeto todo, desde o plantio da primeira muda de Cabernet Sauvignon, em 2003, já custou R$ 10 milhões. A cantina, inaugurada na noite do dia 6, com projeto arquitetônico de Celestino Rossi no estilo espanhol da fronteira, com pátios internos, e que levou dois anos para ser construída, completamente equipada com tanques de aço inoxidável, as máquinas e os laboratórios necessários, custou R$ 6,2 milhões.

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