A safra de uva este ano no Rio Grande do Sul deve ter uma quebra de 20%. A projeção foi feita pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) na segunda-feira (16). “A metade das perdas são em consequência do granizo que atingiu os parreirais no Estado, responsável por cerca de 90% da elaboração brasileira de vinhos e 55% da produção de uvas. A outra metade é por conta da estiagem”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto, Alceu Dalle Molle. Assim, a colheita este ano deve somar de 560 a 600 milhões de quilos de uva. Na safra passada, o RS colheu a maior safra da sua história, com 707,2 milhões de quilos de uvas tiradas das videiras gaúchas. Em 2010, foram colhidos 526,8 milhões de quilos.
Mesmo com o prejuízo em volume, a safra de 2012 deve ser a terceira maior da história do RS, só perdendo para a de 2011 e a de 2008, que teve a colheita de 634 milhões de quilos de uva. “A perda é irreversível. Os grãos já estão formados agora, só irão amadurecer”, salienta o diretor-executivo, Carlos Raimundo Paviani. Em termos qualitativos, a safra deste ano sofreu a ocorrência do fenômeno La Niña, que trouxe em clima mais seco, com menos incidência de chuvas. “A menor quantidade será compensada, se o clima continuar favorável, por uma excelente qualidade da matéria-prima”, diz Paviani. Segundo ele, se as videiras gaúchas não tivessem sofrido com o granizo e com a seca, esta seria a maior safra já colhida no Estado. “Era para ser uma safra cheia, superior a 750 milhões de quilos”, lamenta.
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