sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Queijo da Serra da Estrela, porco preto e vinho do Porto
À convite da minha amiga Laura Schirmer e do Hugo Sola, gerente regional da Importadora Porto a Porto-Casa Flora, participei de um belo almoço, lá na empresa, no DC Navegantes, em Porto Alegre, onde tive a oportunidade de reencontrar grandes amigos, como a Bete Duarte, o José Antônio Pinheiro Machado e o Philippe Remondeau, além de beber um excelente Porto com queijo amanteigado da Serra da Estrela, parmeggiano italiano e porco preto do Alentejo, relembrando alguns belos momentos que passei em Portugal, há alguns anos, quando visitei várias vinícolas da região e comi muito porco preto (o do presunto Pata Negra). Lembrei, especialmente, de dois almoços, um deles com o enólogo Luis Duarte, na Herdade dos Grous, e outro com a Marina Lança e seu pai Antonio, na Herdade Grande. Com o Luis, foi um lombinho de porco preto com arrozinho cremoso de farinheira, elaborado pelo chef Ricardo Moutinho, acompanhado por um Moon Harvest Tinto 2009 e um Herdade dos Grous Reserva 2009; com Mariana e Antonio, foi um lombo de porco preto, assado ao forno, com batatas e lentilhas, acompanhado por um Condado das Vinhas 2010.
Aqui, na Porto a Porto, onde Hugo Sola nos recebeu muito bem, o chef foi Gilberto Azambuja, da Casa Flora, de São Paulo, que, primeiro, explicou os novos queijos que a importadora está trazendo ao Brasil, o famoso queijo de ovelha amanteigado Casa dos Queijos, da Serrinha – lembro, também, de um, fantástico, que degustei na Bacalhôa – e o queijo parmeggiano reggiano DOP do laticínio Virgilio, de Mantova, na Lombardia (Itália), com 18 meses de cura. Degustamos ambos com Porto Vintage 2007 Duorum, um vinho que pode agüentar 50 anos de guarda. Este 2007 foi engarrafado em 2009 e está saborosíssimo. Depois, passamos para um Cabernet Sauvignon 2009 Nederburg, da África do Sul, produzido pela Listel. Um bom vinho, embora um pouco jovem demais para o meu gosto.
O queijo da Serra da Estrela importado pela Porto a Porto-Casa Flora não é 100% de leite de ovelha bordaleira porque este chegaria muito caro ao Brasil, cerca de R$ 180,00 o quilo. Mas é um queijo de leite cru, com bordaleira e outras ovelhas, e que pode ser vendido aqui por R$ 90,00 o quilo. Quem não conhece vale a pena experimentar. Na Porto a Porto do DC Navegantes estará à venda a partir de setembro, quando estiver pronta a nova câmara fria para acomodá-los, bem como os outros laticínios da Virgilio que estão sendo importados, inclusive o creme de leite, algo que não existe no Brasil, pois nossos cremes de leite são muito diferentes, e fracos, como acentua o gourmant Olyr Corrêa.
Depois das explicações, o chef Azambuja foi para o fogão, preparar um risoto de funghi porcini e o porco preto. A importadora está trazendo para o Brasil costela, cabeça do lombo, sobre-paleta fatiada e capa da sobrepaleta. Fico devendo os preços porque a Laura não me passou. Vem congelado, embalado em pequenas caixas, diretamente de Barrancos, onde são criados e abatidos pela Galapa, que possui, mais ou menos, 5 mil animais, que chegam a pesar 140kg. Os cortes de sobre paleta fatiada mostram uma das boas características do porco preto, o marmoreio da gordura entremeada na carne vermelha. Pena que os cortes que comemos foram tirados muito finos e isso atrapalhou a degustação da carne, que ficou um pouco seca a ser elaborada na frigideira.
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