Walter Lidio Nunes, que neste momento, toca o maior
investimento da atualidade no Rio Grande do Sul, a expansão da Celulose
Riograndense, em Guaíba, nas proximidades de Porto Alegre, é um apreciador de
vinhos. Na sua adega, segundo nos conta Marcos Graciani, diretor da Confraria
do Bom Vin, há rótulos brasileiro, argentinos e chilenos. “ Em mais de uma
ocasião presenciei Walter Lídio Nunes bebendo o Los Lingues Carmenère, um ícone
da Casa Silva, a mais conhecida vinícola do Chile.”
“Gosto muito da
Carmenère, mas evidentemente, gosto também de outras uvas ou mesmo
assemblages”, contou ao Cepas & Cifras o engenheiro mecânico que trabalha
no setor de papel e celulose há mais de quatro décadas. Nunes tem cerca de 160
garrafas, em duas propriedades, sendo que a maioria é de vinhos chilenos, um
pouco de argentinos e também nacionais.
“A produção
nacional está melhorando muito e dá para dizer que hoje temos bons vinhos.
Parte desse sucesso se deve ao trabalho desenvolvido pela Embrapa e aos
investidores que acreditaram na atividade, como o Raul Randon (aliás, o RAR é
também um excelente vinho). Não desmerecendo os brancos e os espumantes, que
são maravilhosos, gosto bastante do Desejo, da Salton. Entre os nacionais, posso citar, além do
Desejo (Salton), o Quinta do Seival Castas Portuguesas (Miolo); alguns rótulos
da Valduga e Ahgheben; Inominabile, produzido pela vinícola Grando, talvez o
melhor tinto brasileiro; Bueno (Galvão Bueno), Guatambú e Peruzzo, ambos da
região de Bagé”, lista. “Dos estrangeiros, gosto muito do Quinta Generacion,
Altura e Carmenère Los Lingues, produzidos pela Casa Silva (Chile); Quinta da
Bacalhoa e Cartuxa (Portugal); Angélica e Nicolas Zapata (Argentina); Dom
Melchor, Alma Viva e Seña (Chile)”, emenda.
“Mas,
evidentemente, existem outros bons vinhos chilenos que têm excelente relação
custo/benefício, como o Antiguas Reservas, da Cosiño Macul, e o Marques de Casa
Concha, da Concha y Toro”, recorda o empresário. Mas não foi um vinho chileno
que ultimamente surpreendeu Nunes. “No início de agosto, bebi um argentino, o
Patrón Santiago, um Gran Reserva 2005, que me deixou muito impressionado. É um
vinho de alta qualidade por um preço muito conveniente”, revela. “O vinho
melhora um bom diálogo, reforça as amizades e dá colorido especial a qualquer
conversa ou debate”, justifica, afinal, a razão pela qual gosta tanto da
bebida.
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