terça-feira, 30 de julho de 2013
Os melhores queijos do Brasil
Em matéria de queijos, embora um bom vinho peça um bom queijo, o Rio Grande do Sul não está com nada. No concurso nacional que apontou, dia 26 de julho, os melhores queijos do País, o Rio Grande não emplacou nenhum em primeiro. Ou os fabricantes gaúchos não participaram do concurso, ou nosso queijo deixa a desejar.
Os melhores queijos de sete tipos diferentes, a melhor manteiga, o melhor doce de leite e o melhor requeijão foram premiados no ‘Concurso Nacional de Produtos Lácteos’ realizado em Juiz de Fora, MG. A disputa envolveu 54 indústrias de oito estados (MG, SP, SC, BA, PR, GO, RS e RJ).
Os vencedores de cada uma das onze categorias são os seguintes: o doce de leite do laticínio Funarbe de Viçosa, MG; a manteiga fabricada pela Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem) de Goiás; o provolone, o queijo prato e o queijo gouda do laticínio Queijos Lucca, de Luminárias, Minas Gerais; o queijo reino do latícinio Tirolez de Carmo da Paraíba em Minas, e o requeijão do Tirolez de Monte Aprazível em São Paulo; o queijo parmezão do Frimesa de Marechal Cândido Rondon no Paraná; o gongonzola do laticínios Dannita LTDA de Lavras, Minas Gerais; o queijo padrão da Coopervap de Paracatu, Minas Gerais; e na categoria destaque especial que premia um produto inovador e de alta qualidade, o vencedor foi o queijo “A Lenda”, do laticínio Cruziliense, de Cruzília, Minas Gerais. Os segundos e terceiros lugares de cada categoria também foram premiados. O resultado completo está em http://goo.gl/6a5S3S.
O concurso é promovido há 40 anos pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, ligado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). “Para os laticinistas é uma vitrine com credibilidade nacional. A avaliação é criteriosa, feita por 25 juízes especializados, vindos de universidades, serviços de inspeção e instituições de pesquisa, que podem apontar com segurança qual o melhor produto. Temos credibilidade e isso é um aval para a indústria se fortalecer no mercado”, afirma o coordenador do concurso Paulo Henrique Costa Paiva.
Quem ganha faz questão de exibir a vitória na embalagem do produto. É o caso do Laticínios Funarbe, de Viçosa, que já venceu por sete vezes a categoria doce de leite inclusive este ano. “Nosso produto tem valor agregado. Vencer significa que oferecemos qualidade ao consumidor e isso faz toda a diferença”, afirma o gerente administrativo Aristides Fialho Dias. Segundo ele, a equipe trabalha mais motivada quando o doce de leite vence.
O fundamental é o reconhecimento da qualidade, mas vencer o concurso também tem reflexo direto nas vendas. “Temos compromisso com a qualidade dos produtos e a participação no concurso é balizadora dessa estratégia. Divulgamos os produtos vencedores nos pontos de venda e, além de garantir segurança ao cliente, temos ampliado as vendas em 20% ao ano”, diz Darci Otto, gerente administrativo da Frimesa Cooperativa Central, de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. O laticínio distribui seus produtos para as regiões Sul, Norte e Sudeste do país, com presença forte nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.
Participante há 15 anos da disputa, o laticínios Cruziliense, da cidade de Cruzília, no Sul de Minas, já venceu pelo menos 30 vezes nas categorias queijo gouda, gorgonzola, prato, Minas padrão, provolone e destaque especial. “A premiação faz aumentar a carteira de clientes e permite o lançamento de novos produtos no mercado, com grande aceitação pelo consumidor mais exigente”, aponta o gerente de produção do Laticínio Leandro Furtado. “A partir do concurso, lançamos dois novos produtos no mercado há poucos meses que já vendem 4 toneladas por mês”, comemora.
No ano que vem o Concurso Nacional de Produtos Lácteos será entre os dias 28 a 31 de julho durante o Minas Láctea, evento que reúne máquinas, produtos, insumos, embalagens e palestras, tudo relacionado ao setor lácteo.
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