quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sociedade entre oito irmãos mantém vinícola há cinco décadas e inspira museu




Sociedade incomum: por ordem de idade: Augusto, 85 anos; Leonelo Gerônimo, 81; Antônio Luiz, 79; Hilário, 78; Wilmar Eduardo, 75, Ambrósio, 71; Egídio, 69; e Alcino, 65. Na foto também está a irmã, Adelina, de 83 anos.

                                                        Um espaço para contar a história


                                            Leonelo, o primeiro filho a trabalhar na empresa
                                            Ricardo, terceira geração a frente do negócio familiar
                                            Fotos D/JN

A Adega Chesini fortalece as raízes ao inaugurar espaço contando um pouco da história de oito irmãos que preservam o negócio familiar iniciado há três gerações. São 600 anos de história.
É o que se encontra no espaço histórico da Adega Chesini, inaugurado na última semana, na sede da empresa, em Vila Rica, 3º Distrito de Farroupilha. Esse é o somatório das idades dos oito irmãos que preservam o negócio familiar iniciado há três gerações. Uma história viva que acrescenta muito às peças que auxiliam a contar como era a artesanal produção de vinhos na Serra Gaúcha no século passado. Os antigos filtros, pulverizadores e bombas manuais, utilizados, sobretudo, nos anos 1960 e 1970, cederam seu local, ao aproximar dos anos 2000, à modernização e tecnologia que hoje é empregada na produção de vinhos e espumantes finos. Contudo, o apego às origens é ainda o que mais motiva a evolução e a produção anual da Adega Chesini, que atualmente gira em torno dos 700 mil litros.
Hoje, a empresa está sob a direção de Ricardo Chesini, neto de Felippe Tomaz Chesini, que elaborava vinho para o consumo próprio, desde a década de 1930. Foi nos anos 1960, quando seus oito filhos já se encontravam em idade e condições de auxiliar no sustento da casa, que Felippe decidiu erguer um pavilhão para transformar a produção de uvas em vinho, dando oportunidade para que os filhos tivessem seu próprio sustendo, ao mesmo tempo em que mantinha a família unida.
Já na década seguinte os filhos de Felippe, Wilmar (pai de Ricardo) e Antônio (Maneco) passaram a administrar o negócio, tarefa que desempenharam por quase trinta anos, até Ricardo, que é formado em administração, com especialização em vitivinicultura, assumir a frente da empresa. “Não sabemos sobre outra empresa que tenha oito irmãos como sócios, resistindo à passagem de três gerações. Porém, apesar de ser um negócio familiar, que tem a empresa como a maior herança, assumimos o compromisso de fazer uma gestão profissional”, destaca Ricardo, evidenciando o atual posicionamento da empresa.



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